CONTRA O TERRORISMO SOCIAL ! PELO DERRUBE DO GOVERNO DA TROIKA !


O governo PSD/CDS mandou aprovar no Parlamento o seu Orçamento do Estado para 2013, seguindo com lealdade as instruções recebidas da Troika FMI/BCE/UE. Agora espera a divulgação oficial por Cavaco Silva. Em conjunto com as outras, as medidas aprovadas agora são as mais brutais que alguma vez um governo burguês impôs ao nosso povo:
  • Violento aumento dos impostos;
  • Cortes dramáticos nos subsídios de desemprego, doença e nas pensões e reformas;
  • Medidas para aumentar o desemprego e a precariedade o que agrava a crise económica;
  • Aumento da exploração através do alargamento do horário do trabalho, da diminuição de férias e feriados, de horas extras mais baratas e da redução das indemnizações;
  • Ataques selvagens às organizações trabalhadoras, à contratação coletiva e aos direitos do trabalho, nomeadamente à greve;
  • Aumento generalizado dos preços dos bens essenciais, como alimentação, água, luz, gás, habitação, transportes, medicamentos etc..
Esse gangue de Passos/Portas tornou a nossa vida um inferno, ao mesmo tempo que tem entregue ao capital financeiro internacional, aos super-monopólios e especuladores cada cêntimo que mandou espremer a nós. Esta exploração descarada está a tomar dimensões que põem em questão a nossa sobrevivência.
Ao mesmo tempo, o governo PSD/CDS combate a nossa resistência nas empresas públicas, a luta dos estivadores, a greve geral, as grandes manifestações de rua contra esta selvajaria capitalista, com um aumento dramático de repressão.
Fascização do Aparelho do Estado

O ataque policial às piquetes durante a greve geral, a feroz agressão às pessoas em frente à Assembleia da República, a reorientação do



aparelho de justiça com a redução dos direitos de defesa nos tribunais, a tentativa policial de decapitação e criminalização dos movimentos de resistência contra a Troika, a colaboração da liderança da RTP com a polícia, a violação de regras democráticas, um discurso político violento de ameaças contra as greves e lutas de rua, a instigação do espírito corporativo da polícia, declarações sobre a necessidade de terminar esta democracia por imperativos económicos, ou seja, o governo da Troika e a reação portuguesa têm procurado a transformar com pressa o seu sistema de controle democrático num regime de repressão aberta. Eles querem é impedir a nossa resistência contra o seu sistema de terrorismo social através do aparelho do Estado.
Resistência com Determinação
Os estivadores têm mostrado a sua força numa luta com determinação. São eles que servem de exemplo para os movimentos sindical e de resistência popular. É por isso que eles também se encontram no centro dos ataques políticos, mediáticos, da polícia, dos tribunais, até à mudança de legislação laboral sobre greves. O ataque contra eles terá consequências gravíssimas para a luta de t o d o s os trabalhadores pelo que é uma tarefa sindical importante construir uma ampla frente de solidariedade com esses camaradas em luta e contra as intenções repressivas do governo - pela defesa do direito à greve.
Contra este este regime “democraturial” do governo e da Troika não há outro caminho a não ser a nossa resistência organizada com determinação nas empresas através de sindicatos combativos, nos bairros com comités de luta contra despejos, cortes de luz, água, nas ruas com manifestações consequentes de luta.
ESTE ESTADO NÃO É O NOSSO – CONTRA O TERRORISMO SOCIAL
DERRUBE DO GOVERNO PSD/CDS
TROIKA – FORA DE PORTUGA
Círculo Revolucionário
circulorevnorte@yahoo.com


Estivadores - A NOSSA LUTA É DE TODOS !

 
 
Os estivadores estão em luta contra a política criminosa do Governo que pretende fazer aprovar no Parlamento uma proposta para reestruturar e "flexibilizar" o  mercado de trabalho portuário. Proposta que mais não è do que um ataque aos interesses dos estivadores, pondo por terra as conquistas alcançadas .
A luta dos estivadores está na rua !

             

Comunicado do sindicato dos estivadores

Fotos do protesto dos estivadores nas ruas de Lisboa em direcção da Assembleia da República
 
 


 
 

Hoje, Manifestação Internacional de estivadores

 
Todos os dias os Portugueses são bombardeados com notícias sobre a greve nos portos cuja verdade fica perdida nos critérios editoriais da comunicação social.

Desde há largas semanas, os Estivadores estão em greve e durante este percurso têm desenvolvido variadas formas de luta. Actualmente, a “greve” dos Estivadores cinge-se aos sábados, domingos e feriados e dias úteis entre as 17 e as 08 do dia seguinte. Cada estivador em "greve" trabalha, afinal, o que trabalha cada português que ainda não está no desemprego: 8 horas por dia, 40 horas por semana.

• Sabia que o ritmo de trabalho de um estivador atinge 16 ou 24h por dia?

• Sabia que nos portos se trabalha 24 horas por dia, 362 dias por ano?

• Sabia que somos dos poucos países da Europa onde os estivadores não têm direito a reforma antecipada por profissão de desgaste rápido?

• Sabia que o trabalho na estiva é hoje extremamente especializado requerendo uma formação profissional exigente e sofisticada?

• Sabia que os equipamentos pesados envolvidos nas operações proíbem amadorismos causadores de muitos acidentes mortais ou incapacitantes?

As empresas em vez de exigirem uma requisição civil dos Estivadores deveriam exigir o cumprimento da Lei aprovada em 1993 por um governo Cavaco Silva.

Se os Estivadores “merecem” uma requisição civil, porque não exigir que essa requisição se estenda a todos os Portugueses que ainda conseguem trabalhar um turno de trabalho e transformamos este País num campo de trabalhos forçados?

Com os Estivadores a trabalhar um turno normal de trabalho interessa responder a outra pergunta. Como é que havendo, neste momento, portos mais ou menos amigos a trabalhar, esta nossa “greve” provoca o bloqueio económico do País e entope as exportações redentoras?

Pura e simplesmente porque as empresas do sector não querem admitir para os seus quadros as largas dezenas de jovens profissionais de que o mundo da estiva necessita e o País jovem e desempregado anseia.

Mas então é “só” por isto que os Estivadores estão em “greve” tão prolongada? Claro que não. Ao longo dos anos as greves nos nossos portos têm-se sucedido por esta mesma razão. As empresas do sector apenas têm admitido novos Estivadores profissionais na sequência de greves de Estivadores.

A novidade com que nos defrontamos hoje é que as empresas monopolistas do sector portuário aproveitaram a passagem, esperamos que fugaz, de um governo com cartilha ultraliberal assumida, para lhe encomendar uma lei que acabe com a nossa segurança no emprego, as condições dignas de trabalho e a nossa forte organização sindical que teve origem no distante ano de 1896.

Os Estivadores, porque têm essa memória bem presente, não se esquecem que já foram todos precários até 1979 e recusam voltar a esses tempos de escravatura, de indignidade e de miséria.

Em linha com a destruição do País, em curso, o governo fez um acordo perverso com pseudo-organizações sindicais que representam, quando muito, 15% dos Estivadores – simulando um acordo nacional – e incendiou deliberadamente os portos onde trabalham os restantes 85% dos Estivadores portugueses. Com total menosprezo pelos prejuízos para a economia nacional que sabia ir provocar.

Este governo assinou um acordo com os “amigos” de Leixões onde, nas últimas duas décadas, o sindicato local negociou uma diminuição salarial de cerca de um terço para os seus sócios e o retalhamento do respectivo âmbito de actividade, em clara violação da lei em vigor. Ilegalidade consentida pela tutela.

Assim, desde 1993, as empresas portuárias do porto de Lisboa admitiram cerca de 200 novos Estivadores efectivos enquanto, em Leixões, e no mesmo período, as empresas locais que pertencem aos mesmos grupos económicos das de Lisboa, admitiram o total de ZERO novos Estivadores efectivos.

Como se não bastasse a estes “sindicalistas” terem alienado o futuro dos seus sócios e respectivos filhos, bem como da restante juventude local, pretendiam agora, através deste acordo indigno, alienar as hipóteses de muitos jovens Portugueses, pelo País fora, encontrarem no sector portuário uma alternativa para o desemprego, a precariedade, a miséria, a dependência e a emigração forçada.

Se aceitássemos o que esta parceria governo/patrões/”sindicatos” nos quer impor, dois terços dos actuais Estivadores profissionais iriam engrossar as filas do desemprego. A que propósito, quando hoje nos querem forçar a trabalhar 16 e mais horas por dia? É pela dignidade da nossa profissão que estamos em luta e pela criação de imensos postos de trabalho dignos nos portos portugueses.

Os Estivadores de Lisboa, Setúbal, Figueira da Foz, Aveiro, Sines, Viana do Castelo, Caniçal – Estivadores de todo o Portugal - lutam por um futuro com dignidade para os Portugueses. Por isso gritamos bem alto. E não nos calam!

Blog: http://estivadeportugal.blogspot.pt
Facebook: Estivadores de Portugal

"Violenta é a austeridade"



Dezoito associações políticas e sociais,  assim como cerca de uma centena de cidadãos em nome individual subscrevem o comunicado sobre a Greve Geral e a repressão policial verificada no seguimento da manifetação junto á Assembleia da República .
Este comunicado foi ontem apresentado em conferência de imprensa junto ao Ministério da Administração Interna .
O dia 14 de Novembro foi um dia histórico. Por toda a união europeia e em vários países do mundo realizaram-se greves gerais e protestos nunca antes vistos. Em Portugal, milhares de trabalhadores e trabalhadoras fizeram uma greve geral contra as políticas deste governo e da troika, numa das maiores paralisações registadas. Nesse dia decorreram também várias manifestações com elevada participação.
Repudiamos a carga policial injustificável e indiscriminada que ocorreu nesse dia, sob ordens do Governo. Soubemos de resto que comerciantes da zona tinham sido ainda antes da manifestação avisados pelas autoridades para fechar os seus estabelecimentos, o que nos leva a concluir que independentemente dos acontecimentos, estava prevista uma carga policial.
As forças de segurança feriram mais de 100 pessoas, o pânico que se seguiu podia ter redundado numa tragédia. A própria Amnistia Internacional Portugal já condenou publicamente o uso excessivo de força policial. Na hora que se seguiu, as forças de segurança procederam à detenção de várias dezenas de pessoas, em zonas tão distantes como o Cais do Sodré; algumas nem tinham estado em frente à Assembleia da República. Durante muitas horas, a polícia não revelou a familiares e advogados/as o local em que se encontravam as dezenas de pessoas detidas, nem as deixou falar com elas. Muitas das 21 pessoas que foram levadas para o tribunal criminal de Monsanto foram forçadas, sob ameaça, a assinar formulários que se encontravam em branco. Todos os testemunhos que nos chegam comprovam, tal como a ordem de advogados já salientou, a existência de inúmeras ilegalidades nos processos de detenção.
Exigimos por isso a instauração de um inquérito à actuação das forças de segurança bem como aos termos em que foram efectuadas as detenções e demonstramos a nossa total solidariedade com todas as pessoas detidas e vítimas da repressão na noite de 14 de Novembro.
Estamos perante uma operação política e policial que, a pretexto de incidentes tolerados durante mais de uma hora e transmitidos em directo pelas televisões, pretende pôr em causa o direito de manifestação, criminalizar a contestação social, e fazer esquecer as medidas de austeridade impostas, de extrema violência e que levam à revolta e ao desespero das pessoas. Temos plena consciência que o governo pretende impor a sua política e a da troika, de qualquer forma, inclusive pela repressão política e a liquidação de grande parte das liberdades democráticas. A liberdade está a passar por este combate e, por muito grande que seja a repressão, não vamos assistir em silêncio a um retrocesso histórico de perdas de direitos duramente conquistados.
Recusamos que um dia nacional, europeu e internacional de mobilização histórica contra as políticas de austeridade seja desvalorizado ou esquecido, quer pela comunicação social, quer pelo governo. Somos cada vez mais a contestar este regime de austeridade e não nos calaremos, por isso apelamos à mobilização no dia 27 de Novembro, dia de aprovação do Orçamento do Estado.
Subscritores Colectivos:
ACED, Associação de Combate à Precariedade – Precários Inflexíveis, Attac Portugal, CADPP, Clube Safo, CMA-J Colectivo Mumia Abu-Jamal, Colectivo Revista Rubra, Indignados Lisboa, Marcha Mundial das Mulheres – Portugal, MAS – Movimento de Alternativa Socialista, Movimento Sem Emprego, Panteras Rosas, PCTP/MRPP. Plataforma 15O, RDA69 – Recreativa dos Anjos, Socialismo Revolucionário, SOS Racismo.
Subscritores Individuais:
Adriana Reyes, Alcides Santos, Alex Matos Gomes, Alexandre De Sousa Carvalho, Alexandre Lopes de Castro, Alice da Silveira e Castro, Alípio de Freitas, Ana Benavente, Ana Catarina Pinto, Ana Rajado, Andre Carmo, Ângela Teixeira, Antonio Barata, António Dores, António Mariano, António Serzedelo, Bernardino Aranda, Bruno Goncalves, Carlos Guedes, Carolina Ferreira, Catarina Fernandes, Catarina Frade Moreira, Clara Cuéllar, Cláudia Figueiredo, Daniel Maciel, David Santos, Eduardo Milheiro, Eurico Figueiredo, Fabian Figueiredo, Fernando André Rosa, Francisco d’Oliveira Raposo, Francisco da Silva, Francisco Furtado, Francisco Manuel Miguel Colaço, Gonçalo Romeiro, Guadalupe M. Portelinha, Gui Castro Felga, Helena Romão, Isabel Justino, Joana Albuquerque, Joana Lopes, Joana Ramiro, Joana Saraiva, João A. Grazina, João Baia, João Labrincha, João Pascoal, João Valente Aguiar, João Vasconcelos Costa, Jorge d’Almada, Jorge Fontes, José Luiz Fernandes, José Soeiro, José Nuno Matos, Judite Fernandes, Lidia Fernandes, Lúcilia José Justino, Luís Barata, Luís Júdice, Luis Miranda, Luna Carvalho, Magda Alves, Mamadou Ba, Manuel Monteiro, Manuela Gois, Margarida Duque Vieira, Maria Conceição Peralta, Maria Paula Montez, Mariana Pinho, Marta Teixeira, Martins Coelho, Nuno Bio, Nuno Dias, Nuno Ramos de Almeida, Olimpia Pinto, Paula Gil, Paulo Coimbra, Paulo Jacinto, Pedro Jerónimo, Pedro Páscoa, Pedro Rocha, Raquel Varela, Renato Guedes, Ricardo Castelo Branco, Rita Cruz Neves, Rita Veloso, Rodrigo Rivera, Rui Dinis, Rui Duarte, Rui Faustino, Rui Ruivo, Sandra Vinagre, Sérgio Vitorino, Sofia Gomes, Sofia Rajado, Sónia Sousa Pereira, Teresa Ferraz, Tiago Castelhano, Tiago Mendes, Tiago Mota Saraiva, Tiago Santos, Tiago Silva.

Greve Geral - Ainda os acontecimentos junto ao Parlamento


Assistimos durante o dia de hoje a uma cruzada da comunicação social " a voz do dono" a vitimizar a polícia, louvando a sua actuação nestes acontecimentos .
 
Ficamos a saber que Cavaco apoia integralmente estas práticas policiais, quem não se lembra do dia 24 de Junho de 1994, quando Dias Loureiro, ministro da administração interna dos governo cavaquista de triste memória, mandou as polícias reprimirem o povo quando este exercia o seu direito ao protesto ao indignar-se contra o aumento das portagens na ponte 25 de Abril. Naturalmente estes senhores subscrevem inteiramente a democracia do bastão, com provas dadas no passado.
 
Ficamos também a saber, por declarações do chamado lider da oposição António José Seguro, que também ele legitima a actuação da polícia, também não nos surpreende .
 
Ficamos também a saber que durante a noite passada foram cometidas toda a espécie de ilegalidades e arbitrariedades pelas chamadas forças da ordem que actuaram a seu belo prazer; os números de feridos e de detidos não correspondem aos divulgados, os espancamentos gratuitos sobre toda a gente e aqui incluímos jovens, velhos, mulheres e crianças, ia tudo a eito, grandes valentões na defesa de um Governo que tem como prática o terrorismo social causador da fome, miséria e desemprego . As acções policiais a que assistimos faziam lembrar as imagens de uma qualquer ditadura sul-americana acente na soldadesca militarista.
 
Estes acontecimentos são bem reveladores dos tempos que se avizinham, mais e mais repressão sempre que o povo venha para a rua gritar a sua revolta .



Greve Geral - Violência policial junto ao Parlamento

Quem são os profissionais da desordem e da provocação ? Senão o ministro Miguel Macedo e as suas polícias que carregaram sobre todos os que se encontravam em frente ao Parlamento em manifestação, eram alguns milhares de trabalhadores, desempregados, velhos, crianças e deficientes. Foi sobre estes que a polícia carregou, espancando indiscriminadamente, provocando dezenas de feridos . O argumento foi o de que a polícia teria sido alvo de apedrejamento por parte de alguns manifestantes, argumentos sem nexo de um ministro que desconhece tudo o que diz respeito aos mais elementares direitos de cidadania. No decurso da accão policial houve 48 feridos e 120 detenções .
 A cidadania do bastão e do tiro, não muito obrigado !
 
O ministro continua a mentir quando diz não haver infiltrados da polícia no interior da manifestação,  nunca se viu tantos bufos por metro quadrado, sinónimo de estamos no limiar de práticas fascistas de um governo mediocre que recorre a tudo para aplicar a suas medidas terroristas contra o povo .
 
Os elogios sobre a actuação da polícia por parte de Macedo, e outros sectores concertados da máquina repressiva e determinada comunicação social apostada no branqueamento destes e outros actos repressivos, não conseguem iludir a verdadeira realidade que se resume ao facto da existência de um governo marginal que há muito devia estar na rua .
 
Quem são as vítimas do Governo e das suas polícias pagas chorudamente ?
Veja-se os diversos videos e imagens que circulam na net .
 
Uma profissional da desordem e da provocação ?
 

GREVE GERAL VITORIOSA, A LUTA CONTINUA !


A Greve Geral de 24 horas realizada hoje traduziu-se numa grande jornada de mobilização dos trabalhadores portugueses ao paralizarem o país de norte a sul, com importantes sectores a paralizarem 100% ou com valores muito próximo destes valores , sinónimo de que o tempo de validade do Governo está cada vez mais próximo do termo.

Apesar da barragem de desinformação e manipulação dos média ao serviço do grande capital e do Governo foi evidente a combatividade de um número significativo de trabalhadores que estão conscientes que só com a intensificação da luta se pode inverter a marcha de desastre consistente na aplicação das medidas terroristas do actual Governo e o orçamento parido pela Tróica . Aspectos importantes como a multiplicação dos piquetes de greve e as inúmeras manifestações por todo o país, revelam a disponibilidade dos trabalhadores para reforçarem a sua organização e mobilização .

Um outro aspecto da Greve Geral de hoje está associado ao facto de ter sido uma greve que se realizou também nos países do sul da Europa, com acções de solidariedade em 30 outros países, um passo indiscutível na criação da Europa dos Povos .

 

 

 

VIVA A GREVE GERAL !


DEPOIS DO FESTIM DE MERKEL E LACAIOS, PREPAREMOS A GREVE GERAL

Apesar das ameaças e campanhas desbragadas do governo e das peças jornalisticas a tentar desmobilizar o povo quanto á participação em manifestações contra a presença de Merkel em Portugal, foram alguns milhares os manifestantes que acorreram às ruas em protesto, em Belém, em S. Bento, Junto ao Forte de S. julião da Barra e outros pontos do país .
Em Lisboa foram suspensos transportes e isoladas várias áreas conforme a próximidade do local onde decorreram os encontros da Sr.a Merkel com lacaios ou outros serventuários que estão ao serviço do grande capital financeiro, diziamos apesar de tudo isto e dos fortes meios policiais implicados na segurança deste circo , a desponibilidade de luta foi evidente, augurando-se uma greve geral combativa em parceria com os trabalhadores da Europa do Sul .
 
 
 
 

 
 
 
 
 

 
 

MerKel Fora daqui !

Lg. da graça, Lisboa - Stencil repudiando a presença de Merkel em Portugal

O Deutsche Bank - Um Banco de Todos os Terrores

O Deutsche Bank
Um Banco de Todos os Terrores­ - com Hitler ou Merkel

A visita indesejada de Angela Merkel, chanceler e gestora política do imperialismo alemão e do capital financeiro internacional, ao nosso país coloca naturalmente a questão: O que é que representa esta senhora? As suas políticas de subjugação económico-financeira têm atirado os trabalhadores, o povo e as comunidades do nosso país a um abismo social, económico e a um processo político acelerado de fascização. Fomos então vasculhar na história dos últimos cerca de noventa anos da Alemanha, tendo encontrado aspetos importantes, particularmente sobre o Deutsche Bank. Num artigo adaptado e aumentado com aspetos mais recentes, queremos divulgar os resultados que apurámos aos visitantes deste blogue.

Um relatório americano votado ao esquecimento

O Deutsche Bank pertenceu aos principais financiadores da ditadura fascista de Hitler e foi  quem mais lucrou com este regime de terror e a II Guerra Mundial. É o que mostra, em mais de 400 páginas, o “Relatório do OMGUS” (Gabinete do Governo Militar dos EUA para Alemanha) de 1946/47, que fora elaborado pela Comissão de Finanças do Governo Militar ocupante dos EUA na Alemanha, após a capitulação do fascismo alemão em 1945.

Assim diz o “Relatório” que o Deutsche Bankutilizou o seu imenso poder na economia alemã para participar na execução da política criminosa do regime nazi no campo económico.” O banco tornou-se o maior da Europa durante a II Guerra Mundial abastecendo “o Império [Alemão-coautores] com fundos enormes para fins de rearmamento”, alargando “com muita agressividade” o seu poder nos territórios anexados pela Alemanha, lucrando especificamente com a expropriação das propriedades judaicas pelos nazis. “Recomendamos,” lê-se no prefácio, “que o Deutsche Bank seja liquidado.” Os membros da Direção devem ser “acusados e postos em tribunal como criminosos de guerra, os executivos do Deutsche Bank devem ser excluídos do exercício de posições importantes ou responsáveis na vida política e económica da Alemanha.”

Executivos do Deutsche Bank e os Nazis

Um desses responsáveis foi Hermann Josef Abs quem foi chamado em 1938 para integrar a direção do Deutsche Bank. Abs dispunha duma larga experiência de negócios com o estrangeiro e possuía a confiança dos líderes nazis aos quais também mandou oferecer meios financeiros substanciais. Assim, Himmler, o chefe do SS, a principal organização do terror industrializado nazi, recebeu 70.000 marcos por ano pelo Deutsche Bank. Terá sido como agradecimento pelos bons negócios com os campos de concentração?

Máquina de morte nazi

Com pleno conhecimento da Direção, o Deutsche Bank participou no financiamento do Campo de Concentração em Auschwitz (Polónia). Assim concedeu, entre outros, créditos para a construção dos estaleiros da ‘Divisão de Combate’ do SS em Auschwitz e da fábrica química de Buna, pertencente a IG Farben [um monopólio químico que, após a sua dissolução forçada no pós-guerra, deu lugar aos três famigerados monopólios de Bayer, BASF e Höchst coautor]. Abs também era membro do Conselho Fiscal da IG Farben onde lucrou com a produção do gás Zyklon B que serviu para assassinar industrialmente milhões de humanos nos campos de concentração. O Deutsche Bank concedeu ainda créditos a empresas que construíram crematórios, rampas e barracas em Auschwitz. Deste modo o banco e os seus membros do Conselho Fiscal ganhavam não apenas através da concessão dos créditos, mas também pela exploração dos trabalhadores forçados e pela venda do ouro dental de milhões de pessoas assassinadas nos campos de concentração – ouro dental esse que fora arrancado aos cadáveres e fundido em barras!

 Apropriação de propriedades judaicas

Abs dispunha de relações estreitas com o Ministério de Economia alemão, fazia parte do Conselho do Banco do Império Alemão, pertencendo ainda a diversas comissões da Câmara Económica do Império Alemão. De forma decisiva, Abs estava metido na expropriação das empresas judaicas dentro da Alemanha e nos territórios ocupados. Era um negócio sem riscos. Os proprietários judeus foram obrigados a vender a sua empresa por uma ínfima parte do seu valor real. Aos compradores, muitas vezes administradores, o banco concedeu os créditos necessários. Desta forma, o Deutsche Bank ganhou duas vezes: por um lado, através da concessão do empréstimo e, por outro lado, tendo como novo cliente a nova firma “arianizada”.

Fortunas com a II Guerra Mundial

Os membros do Conselho Fiscal do Deutsche Bank exerciam funções de controle nos conselhos fiscais das empresas alemãs de armamento, como a Bosch, a Siemens, a Krupp, a Mannesmann, a Daimler Benz e a BMW. O próprio Abs ocupou, entre outros, lugares nos concelhos fiscais da IG Farben e das Deutsche Waffen- und Munitionsfabriken [empresa de fabrico de armas e munições – coautores]. Nas fábricas destes monopólios trabalhavam dezenas de milhares de trabalhadores forçados: maltratados e esfomeados, muitos deles não sobreviveram ao terror no trabalho.

Entre 1939 a 1944, o Deutsche Bank aumentou o seu volume de negócios em 171%! Mal que o exercito alemão fascista tivesse entrado na Áustria, o Deutsche Bank enviou um grupo de executivos para a Viena, com a finalidade de garantir o controle sobre o banco austríaco “Creditanstalt-Bankverein”. Após a formação do Protetorado da Boêmia e da Morávia, o Deutsche Bank saqueou o „Union-Bank“. Após o assalto fascista à Polónia surgiram várias filiais do Deutsche Bank nalgumas cidades polacas. Deste modo, o Deutsche Bank se espalhou por toda a Europa.

Derrota do Fascismo – o Deutsche Bank com “negócios como sempre”

Derrotado o fascismo alemão em 1945, mas ao contrário das recomendações do acima citado “Relatório” americano, nem o Deutsche Bank foi liquidado, nem Abs e outros destacados banqueiros foram responsabilizados pelo terror que incentivaram, apoiaram e com o qual arrancaram inimagináveis lucros às suas vítimas. O objetivo político dos aliados ocidentais sob liderança americana mudou depressa para a constituição da Alemanha-Ocidental como base económica, ideológica e militar dum “roll-back” ocidental contra os jovens países socialistas que então se estavam a formar na Europa, isto é, o desencadeamento duma ‘guerra santa’ contra o socialismo.

Foi deste modo que o banqueiro Abs voltou à Direção do Deutsche Bank e aos conselhos fiscais dos diversos monopólios alemães sob a sua influência, aliás, ainda em 2001, o próprio banqueiro chegou a ser homenageado publicamente, na Alemanha. O próprio Deutsche Bank nunca deixou de exercer a sua atividade, tendo ascendido ao banco mais influente na Europa e em muitas partes do mundo, atuando o governo alemão de Merkel como o seu ponto de lança estratégico.

Mudanças do poder económico-financeiro no mundo

Nos últimos cerca de 30 anos têm havido alterações significativas na estrutura do poder económico-financeiro a nível mundial, levando à formação e ao domínio do capital financeiro internacional, ou seja, o entrelaçamento entre a banca internacional, os fundos ou sociedades de investimento e os super-monopólios multinacionais e multisectoriais. Após a  transformação capitalista completa do anterior ‘campo socialista’, o mundo inteiro tornou-se uma área de incursão sem limites para a finança internacional, através das suas instâncias internacionais, o FMI, o BCE, o G8/20, a OCDE, a Organização Internacional do Comércio, a UE etc. No entanto, mesmo com a existência de tantos organismos de “diálogo” institucionalizado, a concorrência passou a ser cada vez mais frenética entre os seus participantes: os ‘amigos’ do capital financeiro internacional afinal são profundos inimigos porque cada super-monopólio ou banco quer realizar o s e u  lucro maximizado!

O Deutsche Bank – negócios sujos em todo o mundo

O banco movimenta-se à vontade nessa alcateia de lobos, aliás, por interesse próprio tem contribuído ativamente na criação dos seus organismos. Além dos seus ‘negócios de costume’, isto é, participações lucrativas em monopólios multinacionais alemães, americanos e noutros, tem entrado em áreas de especulação e de financiamento de negócios com efeitos terríveis para as populações de países e continentes inteiros. Para este banco os humanos existem apenas como cifras nas suas folhas de cálculo quando se trata apurar a sua rentabilidade ou o “shareholder value”, ist é, lucro.

A crise atual

Num debate televisivo, o banqueiro suíço Ackermann, ex-homem forte  do Deutsche Bank e até há pouco, conselheiro principal da chanceler A. Merkel, descreveu o papel da banca na atual crise económico-financeira: ”Na crise da dívida existe uma corresponsabilidade dos bancos, primeiro, porque aumentamos ainda o endividamento dos estados através das ações de salvação e, de certeza, também porque, segundo, especialmente na Espanha e na Irlanda, enchemos a bolha no mercado imobiliário [sublinhado por nós] através da concessão muito generosa de créditos, o que agora tem de ser corrigido naturalmente.” ‘Natural’ para ele é obviamente que os acionistas e especuladores mantenham o seu nível de ganhos!

A brutalidade esclarecedora de Ackermann sobre as políticas financeiras do Deutsche Bank e do governo de Merkel mostra que a proclamada ‘salvação’ financeira do país pela via sacra neoliberal – como prega a fascizante corporação neoliberal de Passos Coelho, Gaspar e Portas - tem um efeito oposto, isto é, contribui apenas para o aumento do endividamento do nosso país. E não nos referimos ainda à imensurável miséria e morte que as impostas medidas causam nas populações. De resto, a ‘salvação’ – dos seus acionistas - já levou o Deutsche Bank a trocar as suas ações gregas por ações seguras com a garantia de ‘segurança pública’, ou seja, o banco privado socializou o seu ‘risco’ particular!

 Especulação imobiliária

O Deutsche Bank está envolvido em movimentações imobiliárias especulativas em várias partes do mundo, como, por exemplo, nos EUA, na Espanha e na Irlanda. A imprensa portuguesa revelou que este banco foi comprando os prédios e esvaziando sucessivamente prédios dos seus habitantes de bairros inteiros em Los Angeles (EUA), com dezenas de milhares de pessoas pobres à procura de casas com rendas acessíveis. O único objetivo desta operação do banco era aumentar o valor dos imóveis e do terreno na bolsa.

Em Portugal, o banco criou as condições junto da banca portuguesa para inúmeras concessões de créditos lucrativos à habitação no país. Na altura da assinatura do contrato arrancou aos trabalhadores o que estes tinham nos bolsos, depois passou a servir-se do cofre do estado português através das medidas da Troika. Assim o banco ‘petisca, mas nunca arrisca’, ao contrário de que conta a lenda mistificadora sobre o ‘nobre ofício de risco pessoal do capitalista’. É sempre o estado burguês – grego, português,...alemão - que garante os seus lucros. Os trabalhadores, esses é que pagam antes e depois - em todos os países por onde passe a especulação mobiliária.

Financiamento de bombas de fragmentação e de armamento de guerra

Na linha da sua tradição bélica dos tempos nazis, o Deutsche Bank concedeu créditos para a construção de material bélico em vários países como, por exemplo, nos EUA. Assim as empresas de guerra americanas Textron Incorporated, General Dynamics e a Lookheed Martin Corporation, entre outros, receberam financiamento do Deutsche Bank para a construção das proscritas bombas de fragmentação (Heck 2012) com os conhecidos efeitos mutiladores terríveis nas pessoas.

Os estaleiros alemães que venderam os submarinos a Portugal, bem como à Grécia, à última com chantagem financeira do governo de Merkel, onde é que as empresas envolvidas, como os países compradores terão encontrado o financiamento necessário? São esses créditos que fazem hoje parte das “dívidas” que o capital financeiro e os seus respetivos governos-lacaios nos tentam cobrar a nós!

Especulação com a Fome no Mundo

O ”Foodwatch-Report de 2011”, o relatório duma organização não-governamental, observa as condições de financiamento, produção e distribuição dos bens alimentares no mundo. O relatório expõe como a pura especulação com o trigo, milho, arroz, óleos, leite e outros bens alimentares nas ‘bolsas de matérias-primas’ - pelo Deutsche Bank, Barclays, Morgan Stanley, UBS e Goldmann & Sachs - tem contribuído para o brutal aumento dos seus preços, tornando-se cada vez mais inacessível a alimentação para as populações pobres em grandes partes do mundo. Assim, dois mil milhões de pessoas, sobretudo de África, da Ásia e da América Central gastam já a maior parte do seu rendimento na alimentação. Desnutrição, fome e morte são as consequências mais cruéis do aumento dos preços, tendo levado as massas populares de 61 países a revoltarem-se em 2008. As sublevações contra a fome e repressão mais conhecidas entre nós receberam a designação mistificadora de ‘Primavera Árabe’.

Além da mera especulação bolsista, o Deutsche Bank, à semelhança dos outros, entrou também no comércio-especulação com matérias primas, também alimentares, através da compra e do armazenamento em grandes depósitos, navios-depósitos ou condutas, forçando a subida dos preços dos produtos através do seu rareamento sistemático nos mercados.

Expropriação de terras em África, Ásia e Ámerica Latina

Através dos seus DWS-Fonds e da Deutsche Asia Pacific Holding, um joint-venture do Deutsche Bank, este banco faz investimentos em terrenos no Congo, na Tanzânia, na África do Sul. no México, na Índia, no Laos, no Vietname etc. (Heck 2012). A ‘compra’ de terras passa pela associação a governos centrais ou locais dos respetivos países para garantir a expropriação e o afastamento efetivos dos pequenos camponeses que são expulsos violentamente das suas propriedades. Assim perdem o seu sustento, vagueando nas periferias das grandes cidades, tornando-se vítimas duplas da especulação alimentar e da especulação à volta das suas terras. Os seus terrenos são juntados em terrenos de grande dimensão que servem como exploração lucrativa aos monopólios agrícolas ocidentais e outros.

Fontes:
-          An ihren Händen klebt Blut [Há sangue nas suas mãos],” (2009), Rote Fahne – URL: http://www.rf-news.de/2009/kw53/an-ihren-haenden-klebt-blut-die-deutsche-bank-im-faschismus
-      Foodwatch (2011). “Foodwatch-Report 2011.” Berlim – URL: http://foodwatch.de
-          Heck, M. (2012). “Profit macht hungrig [Lucro faz fome],” Kontext – URL: http://www.kontextwochenzeitung.de/no_cache/newsartikel/2012/05/profit-macht-hungrig
-         US Military Government in Germany. Finance Commission (1946/7). “OMGUS Report.”
-          vários artigos ou notícias em diários portugueses sobre o Deutsche Bank a respeito da especulação imobiliária e de ações e processos em múltiplos tribunais etc. (2011/12)

Novembro 2012