Lg. da graça, Lisboa - Stencil repudiando a presença de Merkel em Portugal |
O Deutsche Bank - Um Banco de Todos os Terrores
O Deutsche
Bank
Um Banco de Todos os Terrores - com Hitler ou Merkel
Um relatório americano votado ao esquecimento
Apropriação de propriedades judaicas
M udanças do poder económico-financeiro no mundo
Especulação imobiliária
O s estaleiros
alemães que venderam os submarinos a Portugal, bem como à Grécia, à última com
chantagem financeira do governo de Merkel, onde é que as empresas envolvidas,
como os países compradores terão encontrado o financiamento necessário? São esses
créditos que fazem hoje parte das “dívidas” que o capital financeiro e os seus
respetivos governos-lacaios nos tentam cobrar a nós!
Um Banco de Todos os Terrores - com Hitler ou Merkel
A visita
indesejada de Angela Merkel, chanceler e gestora política do imperialismo
alemão e do capital financeiro internacional, ao nosso país coloca
naturalmente a questão: O que é que representa esta senhora? As
suas políticas de subjugação económico-financeira têm atirado os trabalhadores,
o povo e as comunidades do nosso país a um abismo social, económico e a um
processo político acelerado de fascização. Fomos então vasculhar na história dos
últimos cerca de noventa anos da Alemanha, tendo encontrado aspetos importantes,
particularmente sobre o Deutsche Bank. Num artigo adaptado e
aumentado com aspetos mais recentes, queremos divulgar os resultados que apurámos aos visitantes
deste blogue.
Um relatório americano votado ao esquecimento
O Deutsche Bank pertenceu aos principais
financiadores da ditadura fascista de Hitler e foi quem mais lucrou com este regime de terror e a
II Guerra Mundial. É o que mostra, em mais de 400 páginas, o “Relatório do OMGUS” (Gabinete do Governo
Militar dos EUA para Alemanha) de 1946/47, que fora elaborado pela Comissão de
Finanças do Governo Militar ocupante dos EUA na Alemanha, após a capitulação do
fascismo alemão em 1945.
Assim diz o “Relatório” que o Deutsche Bank “utilizou o seu
imenso poder na economia alemã para participar na execução da política
criminosa do regime nazi no campo económico.” O banco tornou-se o maior da
Europa durante a II Guerra Mundial abastecendo “o Império [Alemão-coautores] com
fundos enormes para fins de rearmamento”, alargando “com muita agressividade” o seu poder nos territórios anexados pela
Alemanha, lucrando especificamente com a expropriação das propriedades judaicas
pelos nazis. “Recomendamos,” lê-se no prefácio, “que o Deutsche Bank seja
liquidado.” Os membros da Direção devem ser “acusados e postos em tribunal
como criminosos de guerra, os executivos do Deutsche Bank devem ser excluídos do
exercício de posições importantes ou responsáveis na vida política e económica
da Alemanha.”
Executivos do Deutsche
Bank e os Nazis
Um desses responsáveis
foi Hermann Josef Abs quem foi
chamado em 1938 para integrar a direção do Deutsche
Bank. Abs dispunha duma larga
experiência de negócios com o estrangeiro e possuía a confiança dos líderes
nazis aos quais também mandou oferecer meios financeiros substanciais. Assim, Himmler, o chefe do SS, a principal organização do terror industrializado nazi, recebeu
70.000 marcos por ano pelo Deutsche Bank.
Terá sido como agradecimento pelos bons negócios com os campos de concentração?
Máquina de morte nazi
Com pleno
conhecimento da Direção, o Deutsche Bank
participou no financiamento do Campo de Concentração em Auschwitz (Polónia). Assim concedeu, entre outros, créditos para a
construção dos estaleiros da ‘Divisão de Combate’ do SS em Auschwitz e da
fábrica química de Buna, pertencente a
IG Farben [um monopólio químico que,
após a sua dissolução forçada no pós-guerra, deu lugar aos três famigerados
monopólios de Bayer, BASF e Höchst – coautor]. Abs também era membro do Conselho Fiscal da IG Farben onde lucrou com a produção do gás Zyklon B que serviu para assassinar industrialmente milhões de
humanos nos campos de concentração. O Deutsche
Bank concedeu ainda créditos a empresas que construíram crematórios, rampas
e barracas em Auschwitz. Deste modo o
banco e os seus membros do Conselho Fiscal ganhavam não apenas através da
concessão dos créditos, mas também pela exploração dos trabalhadores forçados e
pela venda do ouro dental de milhões de pessoas assassinadas nos campos de
concentração – ouro dental esse que fora arrancado aos cadáveres e fundido em
barras!
Abs dispunha de relações estreitas com o Ministério de Economia alemão, fazia
parte do Conselho do Banco do Império Alemão, pertencendo ainda a diversas
comissões da Câmara Económica do Império Alemão. De forma decisiva, Abs estava metido na expropriação das
empresas judaicas dentro da Alemanha e nos territórios ocupados. Era um negócio
sem riscos. Os proprietários judeus foram obrigados a vender a sua empresa por
uma ínfima parte do seu valor real. Aos compradores, muitas vezes
administradores, o banco concedeu os créditos necessários. Desta forma, o Deutsche Bank ganhou duas vezes: por um
lado, através da concessão do empréstimo e, por outro lado, tendo como novo
cliente a nova firma “arianizada”.
Fortunas com a II Guerra Mundial
Os membros do
Conselho Fiscal do Deutsche Bank exerciam
funções de controle nos conselhos fiscais das empresas alemãs de armamento,
como a Bosch, a Siemens, a Krupp, a
Mannesmann, a Daimler Benz e a BMW.
O próprio Abs ocupou, entre outros,
lugares nos concelhos fiscais da IG
Farben e das Deutsche Waffen- und
Munitionsfabriken [empresa de fabrico de armas e munições – coautores]. Nas fábricas destes monopólios
trabalhavam dezenas de milhares de trabalhadores forçados: maltratados e
esfomeados, muitos deles não sobreviveram ao terror no trabalho.
Entre 1939 a 1944,
o Deutsche Bank aumentou o seu volume
de negócios em 171%! Mal que o exercito alemão fascista tivesse entrado na Áustria,
o Deutsche Bank enviou um grupo de
executivos para a Viena, com a finalidade de garantir o controle sobre o banco
austríaco “Creditanstalt-Bankverein”.
Após a formação do Protetorado da Boêmia e da Morávia, o Deutsche Bank saqueou o „Union-Bank“. Após o assalto fascista à Polónia surgiram várias
filiais do Deutsche Bank nalgumas
cidades polacas. Deste modo, o Deutsche
Bank se espalhou por toda a Europa.
Derrota do Fascismo – o Deutsche Bank com “negócios como sempre”
Derrotado o
fascismo alemão em 1945, mas ao contrário das recomendações do acima citado “Relatório” americano, nem o Deutsche Bank foi liquidado, nem Abs e outros destacados banqueiros foram
responsabilizados pelo terror que incentivaram, apoiaram e com o qual arrancaram
inimagináveis lucros às suas vítimas. O objetivo político dos aliados
ocidentais sob liderança americana mudou depressa para a constituição da
Alemanha-Ocidental como base económica, ideológica e militar dum “roll-back” ocidental contra os jovens países
socialistas que então se estavam a formar na Europa, isto é, o desencadeamento duma
‘guerra santa’ contra o socialismo.
Foi deste modo que
o banqueiro Abs voltou à Direção do Deutsche Bank e aos conselhos fiscais
dos diversos monopólios alemães sob a sua influência, aliás, ainda em 2001, o
próprio banqueiro chegou a ser homenageado publicamente, na Alemanha. O próprio
Deutsche Bank nunca deixou de exercer
a sua atividade, tendo ascendido ao banco mais influente na Europa e em muitas partes
do mundo, atuando o governo alemão de Merkel como o seu ponto de lança estratégico.
Nos últimos cerca
de 30 anos têm havido alterações significativas na estrutura do poder económico-financeiro
a nível mundial, levando à formação e ao domínio do capital financeiro
internacional, ou seja, o entrelaçamento entre a banca internacional, os fundos ou
sociedades de investimento e os super-monopólios multinacionais e
multisectoriais. Após a transformação
capitalista completa do anterior ‘campo socialista’, o mundo inteiro tornou-se uma
área de incursão sem limites para a finança internacional, através das suas instâncias
internacionais, o FMI, o BCE, o G8/20, a OCDE, a Organização Internacional do
Comércio, a UE etc. No entanto, mesmo com a existência de tantos organismos de
“diálogo” institucionalizado, a concorrência passou a ser cada vez mais frenética
entre os seus participantes: os ‘amigos’ do capital financeiro internacional afinal
são profundos inimigos porque cada super-monopólio ou banco quer realizar o s e u lucro
maximizado!
O Deutsche
Bank – negócios sujos em todo o mundo
O banco movimenta-se à vontade nessa alcateia de lobos, aliás, por
interesse próprio tem contribuído ativamente na criação dos seus organismos.
Além dos seus ‘negócios de costume’, isto é, participações lucrativas em
monopólios multinacionais alemães, americanos e noutros, tem entrado em áreas
de especulação e de financiamento de negócios com efeitos terríveis para as
populações de países e continentes inteiros. Para este banco os humanos existem
apenas como cifras nas suas folhas de cálculo quando se trata apurar a sua rentabilidade
ou o “shareholder value”, ist é,
lucro.
A crise atual
Num debate televisivo, o banqueiro suíço Ackermann, ex-homem
forte do Deutsche Bank e até há
pouco, conselheiro principal da chanceler A. Merkel, descreveu o papel da banca
na atual crise económico-financeira: ”Na
crise da dívida existe uma corresponsabilidade dos bancos, primeiro, porque aumentamos
ainda o endividamento dos estados através das ações de salvação e, de
certeza, também porque, segundo, especialmente na Espanha e na Irlanda, enchemos
a bolha no mercado imobiliário [sublinhado por nós] através da concessão muito generosa de créditos, o que agora tem de
ser corrigido naturalmente.” ‘Natural’ para ele é obviamente que os acionistas
e especuladores mantenham o seu nível de ganhos!
A brutalidade esclarecedora de Ackermann sobre as políticas financeiras
do Deutsche Bank e do governo de
Merkel mostra que a proclamada ‘salvação’ financeira do país pela via sacra
neoliberal – como prega a fascizante corporação neoliberal de Passos Coelho,
Gaspar e Portas - tem um efeito oposto, isto é, contribui apenas para o aumento
do endividamento do nosso país. E não nos referimos ainda à imensurável miséria
e morte que as impostas medidas causam nas populações. De resto, a ‘salvação’ –
dos seus acionistas - já levou o Deutsche Bank a trocar as suas ações gregas por
ações seguras com a garantia de ‘segurança pública’, ou seja, o banco privado socializou
o seu ‘risco’ particular!
O Deutsche Bank está envolvido
em movimentações imobiliárias especulativas em várias partes do mundo, como,
por exemplo, nos EUA, na Espanha e na Irlanda. A imprensa portuguesa revelou
que este banco foi comprando os prédios e esvaziando sucessivamente prédios dos
seus habitantes de bairros inteiros em Los Angeles (EUA), com dezenas de milhares
de pessoas pobres à procura de casas com rendas acessíveis. O único objetivo
desta operação do banco era aumentar o valor dos imóveis e do terreno na bolsa.
Em Portugal, o banco criou as condições junto da banca portuguesa para inúmeras
concessões de créditos lucrativos à habitação no país. Na altura da assinatura
do contrato arrancou aos trabalhadores o que estes tinham nos bolsos, depois passou
a servir-se do cofre do estado português através das medidas da Troika. Assim o
banco ‘petisca, mas nunca arrisca’, ao contrário de que conta a lenda
mistificadora sobre o ‘nobre ofício de risco pessoal do capitalista’. É sempre o
estado burguês – grego, português,...alemão - que garante os seus lucros. Os
trabalhadores, esses é que pagam antes e depois - em todos os países por onde
passe a especulação mobiliária.
Financiamento de bombas de fragmentação e de armamento de guerra
Na linha da sua
tradição bélica dos tempos nazis, o Deutsche
Bank concedeu créditos para a construção de material bélico em vários países
como, por exemplo, nos EUA. Assim as empresas de guerra americanas Textron Incorporated, General Dynamics e a Lookheed Martin Corporation, entre outros,
receberam financiamento do Deutsche Bank
para a construção das proscritas bombas de fragmentação (Heck 2012) com os
conhecidos efeitos mutiladores terríveis nas pessoas.
Especulação com a Fome no Mundo
O ”Foodwatch-Report de 2011”, o relatório
duma organização não-governamental, observa as condições de financiamento,
produção e distribuição dos bens alimentares no mundo. O relatório expõe como a
pura especulação com o trigo, milho, arroz, óleos, leite e outros bens
alimentares nas ‘bolsas de matérias-primas’ - pelo Deutsche Bank, Barclays, Morgan Stanley, UBS e Goldmann & Sachs - tem
contribuído para o brutal aumento dos seus preços, tornando-se cada vez mais
inacessível a alimentação para as populações pobres em grandes partes do mundo.
Assim, dois mil milhões de pessoas, sobretudo de África, da Ásia e da América
Central gastam já a maior parte do seu rendimento na alimentação. Desnutrição,
fome e morte são as consequências mais cruéis do aumento dos preços, tendo
levado as massas populares de 61 países a revoltarem-se em 2008. As sublevações
contra a fome e repressão mais conhecidas entre nós receberam a designação mistificadora
de ‘Primavera Árabe’.
Além da mera
especulação bolsista, o Deutsche Bank,
à semelhança dos outros, entrou também no comércio-especulação com matérias
primas, também alimentares, através da compra e do armazenamento em grandes depósitos,
navios-depósitos ou condutas, forçando a subida dos preços dos produtos através
do seu rareamento sistemático nos mercados.
Expropriação de terras em África, Ásia e Ámerica
Latina
Através dos seus DWS-Fonds e da Deutsche Asia Pacific Holding, um joint-venture do Deutsche
Bank, este banco faz investimentos em terrenos no Congo, na Tanzânia, na
África do Sul. no México, na Índia, no Laos, no Vietname etc. (Heck 2012). A ‘compra’
de terras passa pela associação a governos centrais ou locais dos respetivos
países para garantir a expropriação e o afastamento efetivos dos pequenos
camponeses que são expulsos violentamente das suas propriedades. Assim perdem o
seu sustento, vagueando nas periferias das grandes cidades, tornando-se vítimas
duplas da especulação alimentar e da especulação à volta das suas terras. Os
seus terrenos são juntados em terrenos de grande dimensão que servem como
exploração lucrativa aos monopólios agrícolas ocidentais e outros.
Fontes:
-
“An ihren Händen klebt Blut [Há sangue nas suas mãos],” (2009), Rote Fahne – URL:
http://www.rf-news.de/2009/kw53/an-ihren-haenden-klebt-blut-die-deutsche-bank-im-faschismus
-
Heck, M. (2012). “Profit macht
hungrig [Lucro faz fome],” Kontext –
URL: http://www.kontextwochenzeitung.de/no_cache/newsartikel/2012/05/profit-macht-hungrig
-
US Military Government in Germany. Finance Commission (1946/7). “OMGUS Report.”
-
http://www.nytimes.com/2012/09/25/world/europe/hunger-on-the-rise-in-spain.html? pagewanted=1&_r=1
-
vários artigos ou notícias
em diários portugueses sobre o Deutsche
Bank a respeito da especulação imobiliária e de ações e processos em
múltiplos tribunais etc. (2011/12)
Novembro 2012
MERKEL - FORA DAQUI !
Cá vem ela … declarar o seu fraquinho humano pelo
nosso sofrimento, no entanto, apresentará como intocáveis as medidas de destruição,
roubo, desemprego, miséria até à morte e repressão, do FMI, BCE e UE. Depois vai
dar palmadinhas nas costas de Passos Coelho, chefe nacional do protetorado em
que se transformou Portugal. Ao silencioso Portas, esse ‘convicto’ nacionalista
antigermânico, talvez agradeça com uma medalha ao peito a compra dos submarinos
à indústria de guerra alemã. Será que ela ainda vai doar, num ato de
misericórdia, fraldas usadas a uma creche?
O Deutsche Bank, a Siemens, a Allianz e a IG Farben, antecessora da Bayer, espalham
exploração, miséria, indústria de morte e guerra desde há muito. No início dos
anos 1930, é o capital monopolista alemão que financia o partido nazi para
colocar Hitler no governo – contra a
luta dos trabalhadores e dos 6 milhões de desempregados. Explora nas suas
empresas como trabalho escravo os presos dos campos de concentração até à morte,
em estreita colaboração com o SS, a organização de terror nazi. A IG Farben
produz o lucrativo gás para o extermínio, sendo responsável pelo assassínio de
milhões de sindicalistas, comunistas e socialistas, judeus, ciganos, homossexuais
e africanos nos campos de morte nazis. E o Deutsche Bank lucra com tudo!
Na II Guerra Mundial, durante a ocupação sangrenta nazi
da Grécia, é roubado o tesouro público, o país é des-industrializado. O sector
de energia, do petróleo e sobretudo a banca funcionam sob batuta monopolista alemã.
A Grécia é obrigada a ceder um crédito cujo valor entretanto tem ascendido a 3.400.000.000
Euros: Até hoje, a Alemanha não pagou nenhum único cêntimo!
Hoje – Dependência, Saque,
Miséria, Fascização e Guerras
Hoje é o capital financeiro internacional entrelaçado de 147
super-monopólios financeiros e 500 multissectoriais que saqueia países como a
Grécia e o Portugal, através das suas agências internacionais do FMI, o
BCE e a União Europeia ..., usando os
governos submissos como meras marionetas.
A Autoeuropa, a Siemens, a Bayer, a Continental Mabor, a Bosch e a Allianz representam no nosso país a invasão dos
monopólios alemães. Desde o fascismo de Salazar, que as multinacionais alemãs têm
espremido a nossa força de trabalho ao preço da chuva. O Deutsche Bank tem
criado as condições financeiras para a maciça especulação com os créditos à
habitação, garantindo assim o lucro máximo aos seus acionistas. Com as medidas da
Troika de salários ínfimos e de saque financeiro do erário público, esses monopólios
brutalizam cada vez mais o seu regime ditatorial de exploração e repressão.
O governo de Merkel pressiona
politicamente a execução desse pacote de saque. Tirando a máscara ‘humanitária’,
a chanceler alemã vai dar ordens ao governo PSD/CDS que o saque da Troika continue
por todas as formas!
Contra Saque,
Miséria, Repressão e Dependência – Luta Consequente!
Com este ataque de terrorismo social
às nossas vidas não esperemos nada das manobras parlamentares! Nós é que devemos
organizar uma ampla unidade de ação consequente e determinada na rua, no
trabalho e no bairro, confiando sobretudo na nossa própria capacidade de luta
como trabalhadores, desempregados, imigrantes, jovens e velhos. A estiva e os jovens dos bairros dão-nos o seu
exemplo corajoso. Aprendamos também com as revoltas diárias organizadas dos
povos grego e de Espanha. Será em conjunto com eles que nos vamos libertar desse
pesadelo da troika e construir um novo mundo!
-
Não pagaremos o vosso
lucro com as nossas vidas!
-
Pelo derrube do governo da
Troika!
-
Troika de EU, BCE e FMI -
fora daqui!
-
Uma greve geral do sul da
Europa contra o terrorismo social!
Círculo Revolucionário http://circulorevolucionario.blogspot.com
5.11.2012
circulorevolucionariolx@yahoo.com
Merkel e as tristes marionetes Passos e Portas
Dia 12 a
imperatriz Merkel visita a sua colónia que dá pelo nome de Portugal, com os seus
lacaios prostados para lhe prestarem vassalagem, jurando servi-la nem que isso
implique a infelicidade de um povo para satisfazer os apetites vorazes das
sanguessugas capitalistas .
Os artistas Nomen,
Slap e Kurtz pintaram um mural junto ás Amoreiras muito esclarecedor . Aí está
escrito " Quanto mais tempo querem ficar a assistir a este show (...) A
nossa dívida continua a aumentar (...)Este mural foi realizado sem ajuda externa
."
Eles querem provocar uma catástrofe social
Derrotemos o Orçamento da Troika!
Derrubemos o seu Governo!
Preparemos a Greve Geral!
Círculo Revolucionário
Derrubemos o seu Governo!
Preparemos a Greve Geral!
O governo PSD/CDS apresentou ao Parlamento a sua proposta
de Orçamento do Estado para 2013, seguindo fielmente as instruções recebidas da
Troika FMÎ/BCE/UE. E as medidas apresentadas são das mais brutais alguma vez
impostas ao nosso povo:
·
Violento aumento dos impostos sobre o trabalho – incluindo sobre os salários mais baixos, que já eram
de miséria – um saque inaceitável ao pouco que já recebemos como retribuição do
suor do nosso trabalho.
·
Aumento generalizado dos preços dos serviços essenciais (água, luz, gás, transportes, habitação e outros) –
tornando a nossa vida ainda mais insuportável numa altura em que os nossos
rendimentos diminuem drasticamente.
·
Cortes nos subsídios de desemprego e doença e nas pensões
e reformas – diminuindo dramaticamente os apoios a quem já
está numa posição fragilizada e que toda a sua vida contribuiu com parte dos
seus rendimentos para esse fim.
·
Cortes drásticos no ensino e na saúde – condenando uma parte da população à ignorância e à
doença (e mesmo à morte).
·
Medidas que criam mais desemprego e precariedade e
agravam a crise económica – atirando para
o desespero ainda mais trabalhadores, sobretudo entre os mais jovens.
·
Aumento do horário de trabalho, menos férias e feriados, horas
extras mais baratas, menores indemnizações – ou seja, mais exploração a custo zero.
·
Ataques às organizações de trabalhadores e à contratação
colectiva.
Ao mesmo tempo que inferniza a vida de quem trabalha e
cria uma verdadeira catástrofe social, o gangue Passos/Portas protege o capital
financeiro internacional e nacional e os seus agentes e protectores no país:
·
Quase 1 em cada 10 euros do Orçamento serve para pagar o
serviço da dívida – dinheiro retirado à boca dos trabalhadores
para pagar os juros usurários aos agiotas que criaram a dívida pública (e que
em nada abatem essa dívida).
·
Prepara-se para criar isenções fiscais a grandes grupos
económicos – desviando o nosso dinheiro para empresas que
já beneficiam de grandes lucros.
·
Manutenção da isenção de taxação das transacções
financeiras e dos benefícios das parcerias público privadas– mantendo os privilégios daqueles cujos rendimentos
provêem do capital.
·
Venda ao desbarato dos bens públicos – sobretudo de empresas de sectores chave da economia, reduzindo
os recursos do Estado e entregando-os a privados.
· Reforço
das forças de segurança e de defesa – tal é o medo que eles têm da revolta do povo.
Sempre que o sistema capitalista-imperialista
internacional entra em crise – e esta é claramente a mais profunda de sempre –
tudo sacrifica para manter o seu poder e os seus lucros e revela o seu lado
mais horrendo. É um sistema global que explora ferozmente milhões de seres
humanos em todo o mundo e saqueia insaciavelmente os recursos do planeta. E neste
momento de crise profunda necessita de estender esse horror ao seu próprio
mundo de origem: Grécia, Espanha, Itália e... Portugal.
Rejeição Decidida
do Orçamento
O orçamento, que Passos/Portas elaboraram a mando da Troika
FMI/BCE/UE é o mais recente instrumento desse aumento da miséria e exploração. Rejeitemos
determinadamente esse caminho!
A História – e sobretudo os últimos meses – tem mostrado
que não é no parlamento que devemos ter esperança. Essa instituição inclui
maioritariamente os 3 parceiros da Troika (PS/PSD/CDS) que, com mais ou menos
números de teatro, irão aprovar esse orçamento. E também não podemos alinhar em
propostas “alternativas” que apenas visam “melhorar” e ajudar a salvar o
sistema capitalista e não a tratar da raiz do problema – esse mesmo sistema.
É nas ruas, nos locais de trabalho, nas escolas, nos
bairros, que a nossa luta pode ter efeito. É preciso uma grande mobilização de
tod@s em todas as acções e lutas que contribuam para barrar o caminho a estas
medidas e para o derrube deste governo vendido. É preciso que mais gente
discuta a verdadeira natureza deste sistema e que reflicta sobre que sistema
realmente serve os nossos interesses e aspirações. É preciso que os nossos
colegas de trabalho e escola, os nossos vizinhos e todas as vítimas deste
sistema se organizem, que denunciem todos estes ataques e injustiças. É preciso
dizer que Já não aguentamos mais!
Mobilizemo-nos macissamente para as próximas acções de
protesto: Manifestação contra o
Orçamento de Estado, a 31 de Outubro, a Concentração de Protesto contra a visita de Angela Merkel (a
principal porta-voz na Europa do capital financeiro) a 12 de Novembro e por
fim, a Greve Geral do sul da Europa
de dia 14.
DEITAR
PARA O LIXO TODOS OS ACORDOS COM A TROIKA!
RESISTÊNCIA
POPULAR POR TODOS OS MEIOS NECESSÁRIOS!
POR UMA
GREVE GERAL MOBILIZADORA E COMBATIVA !
CONTRA
O TERRORISMO SOCIAL !
31.10.2012
circulorevolucionariolx@yahoo.comGrécia - Dia 26, Foi dia de Greve Geral
Comunicado
de imprensa da Organização Comunista da Grécia (KOE) sobre a greve
geral de hoje (26/9/2012)
Hoje,
centenas de milhares de pessoas participaram de forma maciça e com
vigor na greve geral e nas mobilizações em toda a Grécia, enviando
uma mensagem clara às “troikas” internas e externas que estão a
tentar um golpe final e fatal contra a nossa sociedade e país.
A
participação maciça nas manifestações em muitas cidades mostra
que está a abrir-se uma nova ronda de lutas. Estamos a participar
numa nova ronda de ações de largas massas populares que continuam à
procura de soluções políticas e de um caminho de saída da crise.
Não
obstante as fraquezas e hesitação a seguir às últimas eleições,
não obstante a chantagem e as manipulações do governo
tri-partidário, as pessoas manifestaram a sua presença mais uma
vez, reafirmando o seu papel e a sua vontade.
Como
estamos a encarar uma catástrofe contínua da nossa sociedade e do
nosso país, é necessária uma luta política coordenada para parar
as novas medidas e para obrigar à saída este governo de
subordinação e de venda total. Estes permanecem os objetivos e
pré-condições para derrubar completamente este sistema político.
As
mobilizações de hoje, como também as grandes manifestações em
Madrid e Lisboa mostram que as pessoas têm a possibilidade de marcar
os acontecimentos, que conseguem pavimentar o caminho em direção a
uma mudança real.
Parem
as medidas que trazem a miséria ao povo e a destruição ao país!
Derrubemos as “troikas” internas e
externas!
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