MerKel Fora daqui !

Lg. da graça, Lisboa - Stencil repudiando a presença de Merkel em Portugal

O Deutsche Bank - Um Banco de Todos os Terrores

O Deutsche Bank
Um Banco de Todos os Terrores­ - com Hitler ou Merkel

A visita indesejada de Angela Merkel, chanceler e gestora política do imperialismo alemão e do capital financeiro internacional, ao nosso país coloca naturalmente a questão: O que é que representa esta senhora? As suas políticas de subjugação económico-financeira têm atirado os trabalhadores, o povo e as comunidades do nosso país a um abismo social, económico e a um processo político acelerado de fascização. Fomos então vasculhar na história dos últimos cerca de noventa anos da Alemanha, tendo encontrado aspetos importantes, particularmente sobre o Deutsche Bank. Num artigo adaptado e aumentado com aspetos mais recentes, queremos divulgar os resultados que apurámos aos visitantes deste blogue.

Um relatório americano votado ao esquecimento

O Deutsche Bank pertenceu aos principais financiadores da ditadura fascista de Hitler e foi  quem mais lucrou com este regime de terror e a II Guerra Mundial. É o que mostra, em mais de 400 páginas, o “Relatório do OMGUS” (Gabinete do Governo Militar dos EUA para Alemanha) de 1946/47, que fora elaborado pela Comissão de Finanças do Governo Militar ocupante dos EUA na Alemanha, após a capitulação do fascismo alemão em 1945.

Assim diz o “Relatório” que o Deutsche Bankutilizou o seu imenso poder na economia alemã para participar na execução da política criminosa do regime nazi no campo económico.” O banco tornou-se o maior da Europa durante a II Guerra Mundial abastecendo “o Império [Alemão-coautores] com fundos enormes para fins de rearmamento”, alargando “com muita agressividade” o seu poder nos territórios anexados pela Alemanha, lucrando especificamente com a expropriação das propriedades judaicas pelos nazis. “Recomendamos,” lê-se no prefácio, “que o Deutsche Bank seja liquidado.” Os membros da Direção devem ser “acusados e postos em tribunal como criminosos de guerra, os executivos do Deutsche Bank devem ser excluídos do exercício de posições importantes ou responsáveis na vida política e económica da Alemanha.”

Executivos do Deutsche Bank e os Nazis

Um desses responsáveis foi Hermann Josef Abs quem foi chamado em 1938 para integrar a direção do Deutsche Bank. Abs dispunha duma larga experiência de negócios com o estrangeiro e possuía a confiança dos líderes nazis aos quais também mandou oferecer meios financeiros substanciais. Assim, Himmler, o chefe do SS, a principal organização do terror industrializado nazi, recebeu 70.000 marcos por ano pelo Deutsche Bank. Terá sido como agradecimento pelos bons negócios com os campos de concentração?

Máquina de morte nazi

Com pleno conhecimento da Direção, o Deutsche Bank participou no financiamento do Campo de Concentração em Auschwitz (Polónia). Assim concedeu, entre outros, créditos para a construção dos estaleiros da ‘Divisão de Combate’ do SS em Auschwitz e da fábrica química de Buna, pertencente a IG Farben [um monopólio químico que, após a sua dissolução forçada no pós-guerra, deu lugar aos três famigerados monopólios de Bayer, BASF e Höchst coautor]. Abs também era membro do Conselho Fiscal da IG Farben onde lucrou com a produção do gás Zyklon B que serviu para assassinar industrialmente milhões de humanos nos campos de concentração. O Deutsche Bank concedeu ainda créditos a empresas que construíram crematórios, rampas e barracas em Auschwitz. Deste modo o banco e os seus membros do Conselho Fiscal ganhavam não apenas através da concessão dos créditos, mas também pela exploração dos trabalhadores forçados e pela venda do ouro dental de milhões de pessoas assassinadas nos campos de concentração – ouro dental esse que fora arrancado aos cadáveres e fundido em barras!

 Apropriação de propriedades judaicas

Abs dispunha de relações estreitas com o Ministério de Economia alemão, fazia parte do Conselho do Banco do Império Alemão, pertencendo ainda a diversas comissões da Câmara Económica do Império Alemão. De forma decisiva, Abs estava metido na expropriação das empresas judaicas dentro da Alemanha e nos territórios ocupados. Era um negócio sem riscos. Os proprietários judeus foram obrigados a vender a sua empresa por uma ínfima parte do seu valor real. Aos compradores, muitas vezes administradores, o banco concedeu os créditos necessários. Desta forma, o Deutsche Bank ganhou duas vezes: por um lado, através da concessão do empréstimo e, por outro lado, tendo como novo cliente a nova firma “arianizada”.

Fortunas com a II Guerra Mundial

Os membros do Conselho Fiscal do Deutsche Bank exerciam funções de controle nos conselhos fiscais das empresas alemãs de armamento, como a Bosch, a Siemens, a Krupp, a Mannesmann, a Daimler Benz e a BMW. O próprio Abs ocupou, entre outros, lugares nos concelhos fiscais da IG Farben e das Deutsche Waffen- und Munitionsfabriken [empresa de fabrico de armas e munições – coautores]. Nas fábricas destes monopólios trabalhavam dezenas de milhares de trabalhadores forçados: maltratados e esfomeados, muitos deles não sobreviveram ao terror no trabalho.

Entre 1939 a 1944, o Deutsche Bank aumentou o seu volume de negócios em 171%! Mal que o exercito alemão fascista tivesse entrado na Áustria, o Deutsche Bank enviou um grupo de executivos para a Viena, com a finalidade de garantir o controle sobre o banco austríaco “Creditanstalt-Bankverein”. Após a formação do Protetorado da Boêmia e da Morávia, o Deutsche Bank saqueou o „Union-Bank“. Após o assalto fascista à Polónia surgiram várias filiais do Deutsche Bank nalgumas cidades polacas. Deste modo, o Deutsche Bank se espalhou por toda a Europa.

Derrota do Fascismo – o Deutsche Bank com “negócios como sempre”

Derrotado o fascismo alemão em 1945, mas ao contrário das recomendações do acima citado “Relatório” americano, nem o Deutsche Bank foi liquidado, nem Abs e outros destacados banqueiros foram responsabilizados pelo terror que incentivaram, apoiaram e com o qual arrancaram inimagináveis lucros às suas vítimas. O objetivo político dos aliados ocidentais sob liderança americana mudou depressa para a constituição da Alemanha-Ocidental como base económica, ideológica e militar dum “roll-back” ocidental contra os jovens países socialistas que então se estavam a formar na Europa, isto é, o desencadeamento duma ‘guerra santa’ contra o socialismo.

Foi deste modo que o banqueiro Abs voltou à Direção do Deutsche Bank e aos conselhos fiscais dos diversos monopólios alemães sob a sua influência, aliás, ainda em 2001, o próprio banqueiro chegou a ser homenageado publicamente, na Alemanha. O próprio Deutsche Bank nunca deixou de exercer a sua atividade, tendo ascendido ao banco mais influente na Europa e em muitas partes do mundo, atuando o governo alemão de Merkel como o seu ponto de lança estratégico.

Mudanças do poder económico-financeiro no mundo

Nos últimos cerca de 30 anos têm havido alterações significativas na estrutura do poder económico-financeiro a nível mundial, levando à formação e ao domínio do capital financeiro internacional, ou seja, o entrelaçamento entre a banca internacional, os fundos ou sociedades de investimento e os super-monopólios multinacionais e multisectoriais. Após a  transformação capitalista completa do anterior ‘campo socialista’, o mundo inteiro tornou-se uma área de incursão sem limites para a finança internacional, através das suas instâncias internacionais, o FMI, o BCE, o G8/20, a OCDE, a Organização Internacional do Comércio, a UE etc. No entanto, mesmo com a existência de tantos organismos de “diálogo” institucionalizado, a concorrência passou a ser cada vez mais frenética entre os seus participantes: os ‘amigos’ do capital financeiro internacional afinal são profundos inimigos porque cada super-monopólio ou banco quer realizar o s e u  lucro maximizado!

O Deutsche Bank – negócios sujos em todo o mundo

O banco movimenta-se à vontade nessa alcateia de lobos, aliás, por interesse próprio tem contribuído ativamente na criação dos seus organismos. Além dos seus ‘negócios de costume’, isto é, participações lucrativas em monopólios multinacionais alemães, americanos e noutros, tem entrado em áreas de especulação e de financiamento de negócios com efeitos terríveis para as populações de países e continentes inteiros. Para este banco os humanos existem apenas como cifras nas suas folhas de cálculo quando se trata apurar a sua rentabilidade ou o “shareholder value”, ist é, lucro.

A crise atual

Num debate televisivo, o banqueiro suíço Ackermann, ex-homem forte  do Deutsche Bank e até há pouco, conselheiro principal da chanceler A. Merkel, descreveu o papel da banca na atual crise económico-financeira: ”Na crise da dívida existe uma corresponsabilidade dos bancos, primeiro, porque aumentamos ainda o endividamento dos estados através das ações de salvação e, de certeza, também porque, segundo, especialmente na Espanha e na Irlanda, enchemos a bolha no mercado imobiliário [sublinhado por nós] através da concessão muito generosa de créditos, o que agora tem de ser corrigido naturalmente.” ‘Natural’ para ele é obviamente que os acionistas e especuladores mantenham o seu nível de ganhos!

A brutalidade esclarecedora de Ackermann sobre as políticas financeiras do Deutsche Bank e do governo de Merkel mostra que a proclamada ‘salvação’ financeira do país pela via sacra neoliberal – como prega a fascizante corporação neoliberal de Passos Coelho, Gaspar e Portas - tem um efeito oposto, isto é, contribui apenas para o aumento do endividamento do nosso país. E não nos referimos ainda à imensurável miséria e morte que as impostas medidas causam nas populações. De resto, a ‘salvação’ – dos seus acionistas - já levou o Deutsche Bank a trocar as suas ações gregas por ações seguras com a garantia de ‘segurança pública’, ou seja, o banco privado socializou o seu ‘risco’ particular!

 Especulação imobiliária

O Deutsche Bank está envolvido em movimentações imobiliárias especulativas em várias partes do mundo, como, por exemplo, nos EUA, na Espanha e na Irlanda. A imprensa portuguesa revelou que este banco foi comprando os prédios e esvaziando sucessivamente prédios dos seus habitantes de bairros inteiros em Los Angeles (EUA), com dezenas de milhares de pessoas pobres à procura de casas com rendas acessíveis. O único objetivo desta operação do banco era aumentar o valor dos imóveis e do terreno na bolsa.

Em Portugal, o banco criou as condições junto da banca portuguesa para inúmeras concessões de créditos lucrativos à habitação no país. Na altura da assinatura do contrato arrancou aos trabalhadores o que estes tinham nos bolsos, depois passou a servir-se do cofre do estado português através das medidas da Troika. Assim o banco ‘petisca, mas nunca arrisca’, ao contrário de que conta a lenda mistificadora sobre o ‘nobre ofício de risco pessoal do capitalista’. É sempre o estado burguês – grego, português,...alemão - que garante os seus lucros. Os trabalhadores, esses é que pagam antes e depois - em todos os países por onde passe a especulação mobiliária.

Financiamento de bombas de fragmentação e de armamento de guerra

Na linha da sua tradição bélica dos tempos nazis, o Deutsche Bank concedeu créditos para a construção de material bélico em vários países como, por exemplo, nos EUA. Assim as empresas de guerra americanas Textron Incorporated, General Dynamics e a Lookheed Martin Corporation, entre outros, receberam financiamento do Deutsche Bank para a construção das proscritas bombas de fragmentação (Heck 2012) com os conhecidos efeitos mutiladores terríveis nas pessoas.

Os estaleiros alemães que venderam os submarinos a Portugal, bem como à Grécia, à última com chantagem financeira do governo de Merkel, onde é que as empresas envolvidas, como os países compradores terão encontrado o financiamento necessário? São esses créditos que fazem hoje parte das “dívidas” que o capital financeiro e os seus respetivos governos-lacaios nos tentam cobrar a nós!

Especulação com a Fome no Mundo

O ”Foodwatch-Report de 2011”, o relatório duma organização não-governamental, observa as condições de financiamento, produção e distribuição dos bens alimentares no mundo. O relatório expõe como a pura especulação com o trigo, milho, arroz, óleos, leite e outros bens alimentares nas ‘bolsas de matérias-primas’ - pelo Deutsche Bank, Barclays, Morgan Stanley, UBS e Goldmann & Sachs - tem contribuído para o brutal aumento dos seus preços, tornando-se cada vez mais inacessível a alimentação para as populações pobres em grandes partes do mundo. Assim, dois mil milhões de pessoas, sobretudo de África, da Ásia e da América Central gastam já a maior parte do seu rendimento na alimentação. Desnutrição, fome e morte são as consequências mais cruéis do aumento dos preços, tendo levado as massas populares de 61 países a revoltarem-se em 2008. As sublevações contra a fome e repressão mais conhecidas entre nós receberam a designação mistificadora de ‘Primavera Árabe’.

Além da mera especulação bolsista, o Deutsche Bank, à semelhança dos outros, entrou também no comércio-especulação com matérias primas, também alimentares, através da compra e do armazenamento em grandes depósitos, navios-depósitos ou condutas, forçando a subida dos preços dos produtos através do seu rareamento sistemático nos mercados.

Expropriação de terras em África, Ásia e Ámerica Latina

Através dos seus DWS-Fonds e da Deutsche Asia Pacific Holding, um joint-venture do Deutsche Bank, este banco faz investimentos em terrenos no Congo, na Tanzânia, na África do Sul. no México, na Índia, no Laos, no Vietname etc. (Heck 2012). A ‘compra’ de terras passa pela associação a governos centrais ou locais dos respetivos países para garantir a expropriação e o afastamento efetivos dos pequenos camponeses que são expulsos violentamente das suas propriedades. Assim perdem o seu sustento, vagueando nas periferias das grandes cidades, tornando-se vítimas duplas da especulação alimentar e da especulação à volta das suas terras. Os seus terrenos são juntados em terrenos de grande dimensão que servem como exploração lucrativa aos monopólios agrícolas ocidentais e outros.

Fontes:
-          An ihren Händen klebt Blut [Há sangue nas suas mãos],” (2009), Rote Fahne – URL: http://www.rf-news.de/2009/kw53/an-ihren-haenden-klebt-blut-die-deutsche-bank-im-faschismus
-      Foodwatch (2011). “Foodwatch-Report 2011.” Berlim – URL: http://foodwatch.de
-          Heck, M. (2012). “Profit macht hungrig [Lucro faz fome],” Kontext – URL: http://www.kontextwochenzeitung.de/no_cache/newsartikel/2012/05/profit-macht-hungrig
-         US Military Government in Germany. Finance Commission (1946/7). “OMGUS Report.”
-          vários artigos ou notícias em diários portugueses sobre o Deutsche Bank a respeito da especulação imobiliária e de ações e processos em múltiplos tribunais etc. (2011/12)

Novembro 2012

MERKEL - FORA DAQUI !


Hitler ou Merkel – Quem manda é o Deutsche Bank 
 
RAUS HIER - MERKEL – FORA DAQUI !                                                       

Cá vem ela … declarar o seu fraquinho humano pelo nosso sofrimento, no entanto, apresentará como intocáveis as medidas de destruição, roubo, desemprego, miséria até à morte e repressão, do FMI, BCE e UE. Depois vai dar palmadinhas nas costas de Passos Coelho, chefe nacional do protetorado em que se transformou Portugal. Ao silencioso Portas, esse ‘convicto’ nacionalista antigermânico, talvez agradeça com uma medalha ao peito a compra dos submarinos à indústria de guerra alemã. Será que ela ainda vai doar, num ato de misericórdia, fraldas usadas a uma creche?

 Merkel, a porta-voz e gestora política principal do imperialismo alemão e do capital financeiro internacional, atreve–se a visitar Portugal: R a u s   h i e r !

 Imperialismo Alemão – História de Subjugação, Saque e Guerra

O Deutsche Bank, a Siemens, a Allianz e a IG Farben, antecessora da Bayer, espalham exploração, miséria, indústria de morte e guerra desde há muito. No início dos anos 1930, é o capital monopolista alemão que financia o partido nazi para colocar Hitler no governo – contra a luta dos trabalhadores e dos 6 milhões de desempregados. Explora nas suas empresas como trabalho escravo os presos dos campos de concentração até à morte, em estreita colaboração com o SS, a organização de terror nazi. A IG Farben produz o lucrativo gás para o extermínio, sendo responsável pelo assassínio de milhões de sindicalistas, comunistas e socialistas, judeus, ciganos, homossexuais e africanos nos campos de morte nazis. E o Deutsche Bank lucra com tudo!

Na II Guerra Mundial, durante a ocupação sangrenta nazi da Grécia, é roubado o tesouro público, o país é des-industrializado. O sector de energia, do petróleo e sobretudo a banca funcionam sob batuta monopolista alemã. A Grécia é obrigada a ceder um crédito cujo valor entretanto tem ascendido a 3.400.000.000 Euros: Até hoje, a Alemanha não pagou nenhum único cêntimo!
Hoje – Dependência, Saque, Miséria, Fascização e Guerras
Hoje é o capital financeiro internacional entrelaçado de 147 super-monopólios financeiros e 500 multissectoriais que saqueia países como a Grécia e o Portugal, através das suas agências internacionais do FMI, o BCE  e a União Europeia ..., usando os governos submissos como meras marionetas.
A Autoeuropa, a Siemens, a Bayer, a Continental Mabor, a Bosch e a Allianz  representam no nosso país a invasão dos monopólios alemães. Desde o fascismo de Salazar, que as multinacionais alemãs têm espremido a nossa força de trabalho ao preço da chuva. O Deutsche Bank tem criado as condições financeiras para a maciça especulação com os créditos à habitação, garantindo assim o lucro máximo aos seus acionistas. Com as medidas da Troika de salários ínfimos e de saque financeiro do erário público, esses monopólios brutalizam cada vez mais o seu regime ditatorial de exploração e repressão.
O governo de Merkel pressiona politicamente a execução desse pacote de saque. Tirando a máscara ‘humanitária’, a chanceler alemã vai dar ordens ao governo PSD/CDS que o saque da Troika continue por todas as formas!
Contra Saque, Miséria, Repressão e Dependência – Luta Consequente!
Com este ataque de terrorismo social às nossas vidas não esperemos nada das manobras parlamentares! Nós é que devemos organizar uma ampla unidade de ação consequente e determinada na rua, no trabalho e no bairro, confiando sobretudo na nossa própria capacidade de luta como trabalhadores, desempregados, imigrantes, jovens e velhos. A estiva e os jovens dos bairros dão-nos o seu exemplo corajoso. Aprendamos também com as revoltas diárias organizadas dos povos grego e de Espanha. Será em conjunto com eles que nos vamos libertar desse pesadelo da troika e construir um novo mundo!
-          Não pagaremos o vosso lucro com as nossas vidas!
-          Pelo derrube do governo da Troika!
-          Troika de EU, BCE e FMI - fora daqui!
-          Uma greve geral do sul da Europa contra o terrorismo social!
Círculo Revolucionário                                                http://circulorevolucionario.blogspot.com
         5.11.2012                                                          circulorevolucionariolx@yahoo.com

Merkel e as tristes marionetes Passos e Portas


Dia 12 a imperatriz Merkel visita a sua colónia que dá pelo nome de Portugal, com os seus lacaios prostados para lhe prestarem vassalagem, jurando servi-la nem que isso implique a infelicidade de um povo para satisfazer os apetites vorazes das sanguessugas capitalistas .
Os artistas Nomen, Slap e Kurtz pintaram um mural junto ás Amoreiras muito esclarecedor . Aí está escrito " Quanto mais tempo querem ficar a assistir a este show (...) A nossa dívida continua a aumentar (...)Este mural foi realizado sem ajuda externa ."

Eles querem provocar uma catástrofe social

Derrotemos o Orçamento da Troika!
                           Derrubemos o seu Governo!
                                                         Preparemos a Greve Geral!

O governo PSD/CDS apresentou ao Parlamento a sua proposta de Orçamento do Estado para 2013, seguindo fielmente as instruções recebidas da Troika FMÎ/BCE/UE. E as medidas apresentadas são das mais brutais alguma vez impostas ao nosso povo:
 
·   Violento aumento dos impostos sobre o trabalho – incluindo sobre os salários mais baixos, que já eram de miséria – um saque inaceitável ao pouco que já recebemos como retribuição do suor do nosso trabalho.

·   Aumento generalizado dos preços dos serviços essenciais (água, luz, gás, transportes, habitação e outros) – tornando a nossa vida ainda mais insuportável numa altura em que os nossos rendimentos diminuem drasticamente.

·   Cortes nos subsídios de desemprego e doença e nas pensões e reformas – diminuindo dramaticamente os apoios a quem já está numa posição fragilizada e que toda a sua vida contribuiu com parte dos seus rendimentos para esse fim.

·   Cortes drásticos no ensino e na saúde – condenando uma parte da população à ignorância e à doença (e mesmo à morte).

·   Medidas que criam mais desemprego e precariedade e agravam a crise económica – atirando para o desespero ainda mais trabalhadores, sobretudo entre os mais jovens.

·   Aumento do horário de trabalho, menos férias e feriados, horas extras mais baratas, menores indemnizações – ou seja, mais exploração a custo zero.

·   Ataques às organizações de trabalhadores e à contratação colectiva.

Ao mesmo tempo que inferniza a vida de quem trabalha e cria uma verdadeira catástrofe social, o gangue Passos/Portas protege o capital financeiro internacional e nacional e os seus agentes e protectores no país:

·   Quase 1 em cada 10 euros do Orçamento serve para pagar o serviço da dívida – dinheiro retirado à boca dos trabalhadores para pagar os juros usurários aos agiotas que criaram a dívida pública (e que em nada abatem essa dívida).

·   Prepara-se para criar isenções fiscais a grandes grupos económicos – desviando o nosso dinheiro para empresas que já beneficiam de grandes lucros.

·   Manutenção da isenção de taxação das transacções financeiras e dos benefícios das parcerias público privadas– mantendo os privilégios daqueles cujos rendimentos provêem do capital.

·   Venda ao desbarato dos bens públicos – sobretudo de empresas de sectores chave da economia, reduzindo os recursos do Estado e entregando-os a privados.

·  Reforço das forças de segurança e de defesa – tal é o medo que eles têm da  revolta do povo.

Sempre que o sistema capitalista-imperialista internacional entra em crise – e esta é claramente a mais profunda de sempre – tudo sacrifica para manter o seu poder e os seus lucros e revela o seu lado mais horrendo. É um sistema global que explora ferozmente milhões de seres humanos em todo o mundo e saqueia insaciavelmente os recursos do planeta. E neste momento de crise profunda necessita de estender esse horror ao seu próprio mundo de origem: Grécia, Espanha, Itália e... Portugal.

Rejeição Decidida do Orçamento

O orçamento, que Passos/Portas elaboraram a mando da Troika FMI/BCE/UE é o mais recente instrumento desse aumento da miséria e exploração. Rejeitemos determinadamente esse caminho!

A História – e sobretudo os últimos meses – tem mostrado que não é no parlamento que devemos ter esperança. Essa instituição inclui maioritariamente os 3 parceiros da Troika (PS/PSD/CDS) que, com mais ou menos números de teatro, irão aprovar esse orçamento. E também não podemos alinhar em propostas “alternativas” que apenas visam “melhorar” e ajudar a salvar o sistema capitalista e não a tratar da raiz do problema – esse mesmo sistema.

É nas ruas, nos locais de trabalho, nas escolas, nos bairros, que a nossa luta pode ter efeito. É preciso uma grande mobilização de tod@s em todas as acções e lutas que contribuam para barrar o caminho a estas medidas e para o derrube deste governo vendido. É preciso que mais gente discuta a verdadeira natureza deste sistema e que reflicta sobre que sistema realmente serve os nossos interesses e aspirações. É preciso que os nossos colegas de trabalho e escola, os nossos vizinhos e todas as vítimas deste sistema se organizem, que denunciem todos estes ataques e injustiças. É preciso dizer que Já não aguentamos mais!

Mobilizemo-nos macissamente para as próximas acções de protesto: Manifestação contra o Orçamento de Estado, a 31 de Outubro, a Concentração de Protesto contra a visita de Angela Merkel (a principal porta-voz na Europa do capital financeiro) a 12 de Novembro e por fim, a Greve Geral do sul da Europa de dia 14.

DEITAR PARA O LIXO TODOS OS ACORDOS COM A TROIKA!

RESISTÊNCIA POPULAR POR TODOS OS MEIOS NECESSÁRIOS!

POR UMA GREVE GERAL MOBILIZADORA E COMBATIVA !

CONTRA O TERRORISMO SOCIAL !

 
Círculo Revolucionário

31.10.2012
circulorevolucionariolx@yahoo.com

Dia 14 de Novembro, TODOS Á GREVE GERAL !



Grécia - Dia 26, Foi dia de Greve Geral


Comunicado de imprensa da Organização Comunista da Grécia (KOE) sobre a greve geral de hoje (26/9/2012)

Hoje, centenas de milhares de pessoas participaram de forma maciça e com vigor na greve geral e nas mobilizações em toda a Grécia, enviando uma mensagem clara às “troikas” internas e externas que estão a tentar um golpe final e fatal contra a nossa sociedade e país.

A participação maciça nas manifestações em muitas cidades mostra que está a abrir-se uma nova ronda de lutas. Estamos a participar numa nova ronda de ações de largas massas populares que continuam à procura de soluções políticas e de um caminho de saída da crise.

Não obstante as fraquezas e hesitação a seguir às últimas eleições, não obstante a chantagem e as manipulações do governo tri-partidário, as pessoas manifestaram a sua presença mais uma vez, reafirmando o seu papel e a sua vontade.

Como estamos a encarar uma catástrofe contínua da nossa sociedade e do nosso país, é necessária uma luta política coordenada para parar as novas medidas e para obrigar à saída este governo de subordinação e de venda total. Estes permanecem os objetivos e pré-condições para derrubar completamente este sistema político.

As mobilizações de hoje, como também as grandes manifestações em Madrid e Lisboa mostram que as pessoas têm a possibilidade de marcar os acontecimentos, que conseguem pavimentar o caminho em direção a uma mudança real.

Parem as medidas que trazem a miséria ao povo e a destruição ao país!
Derrubemos as “troikas” internas e externas!